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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cristãos locais podem ser extintos de Jerusalém nos próximos 30 anos.

A pesquisa revela que hoje apenas 1,9% dos habitantes da cidade são cristãos.



Um relatório preparado pelo Instituto para Estudos de Israel de Jerusalém pesquisou que os cristãos são hoje a minoria religiosa na Terra Santa e que nas próximas três décadas eles poderão ser extintos.
Jerusalém é uma cidade sagrada para três grandes religiões monoteístas do mundo (cristianismo, judaísmo e islamismo), o relatório intitulado de “Cristãos e Cristianismo em Jerusalém” apontou que dos 800 mil habitantes da cidade apenas 14,6 mil são cristãos.
Em 1946 quando a Terra Santa estava sob o mandato britânico o número de cristãos era de 19% da população, mas hoje é apenas 1,9%. “A maior razão para a queda no número de cristãos nos últimos 65 anos é o resultado da guerra de 1948, quando não só os britânicos e a maioria dos cristãos europeus que moravam na cidade se retiraram, mas também um número significativo de residentes árabes cristãos”, explica o israelense Amnon Ramon, responsável pelo estudo.
Além disso, os pesquisadores também apontam a baixa natalidade entre os cristãos e a ausência de imigração cristã para Jerusalém. “Tememos que em 20 ou 30 anos quase não haja cristãos locais (nascidos de famílias de Jerusalém)”, alerta.
Por outro lado o número de turistas cristãos é muito grande, em 2010 foram 66% de peregrinos cristãos e apenas 30% judeus. Por esse motivo a presença física do cristianismo é tão proeminente na cidade e pode ser notada nas igrejas, monastérios, hospitais e escolas.
“O Cristianismo foi o alto-falante que espalhou o caráter sagrado de Jerusalém ao redor do mundo e a tornou uma ‘cidade global’”, ressalta Amon, que também ensina Religião Comparada na Universidade Hebreia de Jerusalém. “O desaparecimento das comunidades cristãs e as igrejas do panorama da cidade e de seu subúrbio seria um golpe severo ao charme da cidade e ao seu caráter especial, sem paralelos no mundo”, conclui o pesquisador.

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